15 de ago. de 2007

Os Simpsons – O Filme

Um desenho que se orgulha de ser feio. Assim dizia o Moe, o barman preferido de Homer, no primeiro teaser do filme. Nada de bichinhos bonitinhos em Terceira Dimensão, Os Simpsons são em 2-D mesmo e assim continuarão a ser, inclusive nos cinemas.
Após 18 anos/temporadas de sucesso na TV, sendo a série de animação há mais tempo no ar, além da que mais tempo está em horário nobre (está até no Guinness!), com uns 400 episódios, 23 prêmios Emmy (entre outros), além de ter sido eleito pela revista Time o melhor programa de televisão do século XX.
Exagero ou não, Os Simpsons tem fãs por todo o mundo que aguardaram ansiosamente por este longa-metragem, que é um bom filme, mas podia ser melhor. Não há nada que os fãs irão reprovar, mas também não deverá trazer novos espectadores para a série na TV. Ou seja, aqueles que acham pouca ou nenhuma graça nas figuras amarelas de olhos esbugalhados, continuarão na mesma. Agora, aqueles que idolatram Homer, Marge, Maggie, Lisa e Bart, irão aplaudir as façanhas dessa família que já virou ícone da cultura pop.
Alguns disseram que o filme poderia ser mais escrachado, pegar mais pesado, ir ainda além do que já se faz na tevê. Por outro lado, esse não é exatamente o perfil dos Simpsons, estaria mais para um South Park. De qualquer modo, é verdade que não custava colocar mais metalinguagem, como uma brincadeira com a programação da Fox que há no filme.
Como não poderia deixar de ser, toda a trama só existe por uma idiotice do Homer. A dessa vez, é a adoção de um porco de estimação! Ele fica com pena do animal que ia ser sacrificado e simplesmente o leva para casa, tratando-o com muito amor e carinho, como nunca fez com seu filho Bart. Isso desperta ciúmes no guri, que fica o tempo todo titubeando em se aliar ao vizinho Ned Flanders (a melhor seqüência da fita é quando Bart é desafiado pelo pai e anda pelado de skate, onde acontece o tão prometido nu frontal do desenho!).

Mas o porco em si não é o problema, o que deixa toda Springfield revoltada é o que o Homer faz com o lago da cidade, que havia sido despoluído em um mutirão. Ele torna a água tão poluída, que o governo toma medidas drásticas. A solução? Simples, jogar uma cúpula de vidro por cima da cidade e isolá-la do resto dos EUA! Por isso todos querem matar Homer, inclusive seu pai (o vovô Simpson)!
Fugida da cidade e procurada por todo país, a família encontra refúgio no Alaska, onde acaba se separando e por aí vai... Não há surpresas exatamente, mas não convém adiantar as tiradas impagáveis que pipocam a todo tempo na trama.
Praticamente todos os personagens de Springfield acabam aparecendo no filme, mas poucos têm chance de alguma fala. Desses, quem tem mais destaque é o Flanders, trazendo sempre divertidos momentos carolas! Aliás, quem mais é atacada no filme é a Igreja, o que estranha ainda não ter acontecido boicotes e protestos pelo mundo (e que sempre se revela um tiro pela culatra).

O filme traz piadas sempre espertas, diálogos afiados e muita besteira dita e feita por Homer Simpson. É sim uma versão estendida da série e por isso mesmo é muito bacana. Ao invés de episódios de 22 minutos, temos uma história só ao longo de quase uma hora e meia, em tela grande, com ilustração melhorada, com mais sombras e profundidade. Que venha uma trilogia! Uma não, várias!
(Ps. Aguarde até o final dos créditos).

Um comentário:

Anônimo disse...

O que o Barney acha do filme?
afinal ele ganhou o festival de cinema de Springfield.
"...não esperem por mim. Eu já morri." ou alguma coisa assim
abs.