Jogos Mortais 3

Era evidente que este terceiro capítulo da série tinha tudo para ser inferior aos dois anteriores. O segundo também era menor que o primeiro, já que perdia na novidade e lembrava em alguns momentos, os conceitos de Cubo (1997). Quando Jogos Mortais estreou em 2004, foi um grande e inesperado sucesso. Viu-se então surgir uma mina de ouro, uma franquia que daria vários frutos. Com orçamento maior, fizeram às pressas a continuação, que veio no ano seguinte. Ainda segurava o rojão, com mais cenas de gore e sangüinolência.
Mas esse terceiro extrapola no que diz respeito ao sadismo do vilão Jigsaw, mostrando cenas e mortes ainda mais chocantes e impressionantes, fazendo o espectador mais sensível virar o rosto diversas vezes.
Quanto a esse tipo de terror, não é exatamente um problema, já que a série desde o início se propôs a isso. Esse sempre foi o seu conceito e é isso que as pessoas que vão assistir já esperam.
Só que o enredo decaiu muito, a trama é a mais fraca da série e muito dificilmente a história do quarto filme – que já está sendo produzido – trará alguma coisa de interessante. Principalmente pela forma que este terceiro episódio termina.
Como vimos na fita anterior, Jigsaw escapa com uma aprendiz, que o ajudará nos novos crimes. Mas a garota é meio descontrolada e extremamente cruel nas armadilhas que monta. São dois casos principais, que correm paralelamente, e depois farão uma conexão no final.
E claro, há uma revelação em sua conclusão, que não é nem um pouco brilhante, nem deixa ninguém boquiaberto. Se ainda assim você quiser arriscar e assistir no cinema, vá no Cine Roxy, compre um balde de pipoca doce vermelha(!) e entre no clima de muito sangue e sadismo.