A Lula e a Baleia
O título faz referência a uma cena em exposição no Museu de História Natural de Nova York, onde justamente uma Baleia e uma Lula gigante travam uma grande luta – no caso aqui, é uma alegoria entre a disputa de pai e mãe entre si e pelos filhos.
E é disso que o filme trata, um casal em crise nos anos 80 que logo se separa e decide ter a custódia dos filhos em conjunto, os dividindo por certos dias da semana. Além de a mulher ter uns casos extraconjugais (o que descobrimos depois), o que mais incomoda o ex-marido é o fato dele estar em decadência profissional (é escritor e não consegue mais ter livros publicados) e ver sua mulher crescer naquilo que ele mesmo a apresentou – ela também é autora.
No meio de toda essa batalha, estão os dois filhos homens, um pré-adolescente e o outro adolescente. Ambos passando por fase de descobertas sexuais. O mais novo é mais ligado à mãe, enquanto o mais velho tem preferência pelo pai.
Um desses garotos seria o próprio diretor do filme, Noah Baumbach (que é casado com a atriz Jennifer Jason Leigh), já que o roteiro é autobiográfico.
E foi exatamente esse roteiro que despertou a atenção a essa produção independente, que lhe deu alguns prêmios importantes, além de outras indicações, incluindo ao Oscar de Roteiro Original. Filmado em 23 dias, originalmente seria Bill Murray quem estrelaria a fita, mas felizmente ele nos poupou dessa e resolveu dar um break após Flores Partidas.
Laura Linney, que faz a mãe, aceitou o projeto logo de cara, quatro anos antes. Ela é linda e uma excelente atriz, que talvez ainda não tenha tido uma boa oportunidade que lhe dê o devido reconhecimento.
Também gostei bastante da performance de Jeff Daniels, extremamente barbudo. Anna Paquin (de O Piano e X-Men) refaz o tipo Lolita. Mas me contorci ao ver William Baldwin, como o professor de tênis, que mais parece um fugitivo de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos!
Curiosamente, o filho mais velho, justamente o que tem problemas de relacionamento com a mãe, começa a namorar uma garota que tem o mesmo tipo físico dela. Tem algo de freudiano nisso, não sei se inconscientemente na vida real (já que o filme se trata de uma autobiografia) ou planejado para o filme, como uma espécie de mensagem subliminar.
O fato é que o filme vai se encaminhando bem, me deixou curioso pra ver aonde ia chegar. Quando, para minha surpresa, ele acaba mais do que bruscamente, sem chegar a lugar algum. Deixei os créditos finais passarem, até terminar, tentando entender e fechar o ciclo que o filme deixou aberto, para ao menos chegar a alguma conclusão.
Só que a idéia é essa mesma, do tipo.... “assim é a vida”, ou seja, as coisas não se solucionam como num filme e a vida continua.
A Lula e a Baleia deve tocar mais a quem já viveu situações do tipo, quem se identifica com a questão de pais separados. Porque para as outras pessoas, o filme tem boas chances de passar batido.
E é disso que o filme trata, um casal em crise nos anos 80 que logo se separa e decide ter a custódia dos filhos em conjunto, os dividindo por certos dias da semana. Além de a mulher ter uns casos extraconjugais (o que descobrimos depois), o que mais incomoda o ex-marido é o fato dele estar em decadência profissional (é escritor e não consegue mais ter livros publicados) e ver sua mulher crescer naquilo que ele mesmo a apresentou – ela também é autora.
No meio de toda essa batalha, estão os dois filhos homens, um pré-adolescente e o outro adolescente. Ambos passando por fase de descobertas sexuais. O mais novo é mais ligado à mãe, enquanto o mais velho tem preferência pelo pai.
Um desses garotos seria o próprio diretor do filme, Noah Baumbach (que é casado com a atriz Jennifer Jason Leigh), já que o roteiro é autobiográfico.
E foi exatamente esse roteiro que despertou a atenção a essa produção independente, que lhe deu alguns prêmios importantes, além de outras indicações, incluindo ao Oscar de Roteiro Original. Filmado em 23 dias, originalmente seria Bill Murray quem estrelaria a fita, mas felizmente ele nos poupou dessa e resolveu dar um break após Flores Partidas.
Laura Linney, que faz a mãe, aceitou o projeto logo de cara, quatro anos antes. Ela é linda e uma excelente atriz, que talvez ainda não tenha tido uma boa oportunidade que lhe dê o devido reconhecimento.
Também gostei bastante da performance de Jeff Daniels, extremamente barbudo. Anna Paquin (de O Piano e X-Men) refaz o tipo Lolita. Mas me contorci ao ver William Baldwin, como o professor de tênis, que mais parece um fugitivo de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos!
Curiosamente, o filho mais velho, justamente o que tem problemas de relacionamento com a mãe, começa a namorar uma garota que tem o mesmo tipo físico dela. Tem algo de freudiano nisso, não sei se inconscientemente na vida real (já que o filme se trata de uma autobiografia) ou planejado para o filme, como uma espécie de mensagem subliminar.
O fato é que o filme vai se encaminhando bem, me deixou curioso pra ver aonde ia chegar. Quando, para minha surpresa, ele acaba mais do que bruscamente, sem chegar a lugar algum. Deixei os créditos finais passarem, até terminar, tentando entender e fechar o ciclo que o filme deixou aberto, para ao menos chegar a alguma conclusão.
Só que a idéia é essa mesma, do tipo.... “assim é a vida”, ou seja, as coisas não se solucionam como num filme e a vida continua.
A Lula e a Baleia deve tocar mais a quem já viveu situações do tipo, quem se identifica com a questão de pais separados. Porque para as outras pessoas, o filme tem boas chances de passar batido.
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